terça-feira, 17 de março de 2009

Marketing Ateu

O marketing ateu
Campanha publicitária tenta provar que Deus não existe

A inglesa Ariane Sherine, 28, estava indopara o trabalho quando viu uma propaganda colada num ônibus de Londres. Era uma citação da Bíblia, acompanhada por um endereço na internet. Ao acessar o site, ela tomou um susto: a página, que pertencia a uma igreja evangélica, dizia que quem não for cristão e não aceitar Jesus será condenado a passar a eternidade nas chamas do inferno. “Peraí. Então quer dizer que 68% da população mundial vai para o inferno? Eu não pude acreditar que esse tipo de ideia estava sendo difundida, empleno século 21, para assustar as pessoas”, diz Ariane. Indignada, ela procurou o governoinglês para reclamar da propaganda, mas não adiantou nada. Hora de agir. Com a ajuda dos internautas, ela arrecadou dinheiro para montar uma megacampanha publicitária defendendo o ateísmo e desenvolveu slogans como “Deus provavelmente não existe. Pare de se preocupar e aproveite a vida”, que foram colocados em 800 ônibus de Londres. Como seria de se esperar, a campanha foi criticada por religiosos, e o blog de Ariane (arianesherine.blogspot.com) recebeu centenas de comentários desaforados. Houve até um motorista que se recusou a dirigir o que chamou de “ônibus pagão”. Mas ela continuou com tudo: recebeu o apoio de Richard Dawkins, um dos maiores cientistas do mundo e ateu praticante, e recolheu R$ 500 mil para colocar 1 000 cartazes no metrô de Londres. E a ideia se espalhou pelo mundo: ateus de EUA, França, Itália, Espanha e Austrália resolveram fazer suas própriascampanhas contra Deus e a religião (veja acima os principais slogans). Ariane, que é jornalista da BBC, diz que seu objetivo não é atacar as religiões, pois a campanha é só uma maneira bem-humorada de tranquilizar os ateus. “Espero que as mensagens alegrem as pessoas quando elas estiverem indo para o trabalho.”
(Revista Superinteressante - Março de 2009 - nº 263 - Ed. Abril)
Comentário no fórum da Super
As religiões, principalmente as monoteistas, estão cada vez mais arrogantes. Se julgam donas da verdade, doutrinam as crianças desde tenra idade a viverem sob o medo, assim dominam-nas até a vida adulta. Conspurcam suas mentes com lendas, superstições e mentiras a respeito de quiliasmo, de um geena aniquilador. Estamos no século XXI, precisamos nos despir destas tolices e viver a vida sem ressentimentos nietzscheanos. A vida é natural. Parabéns para Ariane pela sua coragem. É premente que nos unamos em prol da racionalidade e pela vida plena, sem as mortificações, medos e neuras religiosas.

Aldeni Marinho
Cientista da Religião (UVA -CE)

Pacoti - Ceará

segunda-feira, 2 de março de 2009

Nós Ocidentais e o Estranho Mundo Hindu

O Ocidente vem, ao longo de séculos desenvolvendo um modo de vida diametralmente oposto aos costumes orientais. Desde a antiguidade greco-romana com a incessante busca de filósofos como Tales de Mileto, Demócrito ou anaxágoras por respostas objetivas sobre nossa origem: do micro-cosmo ao universo em expansão. Toda empreitada realizada sob a égide do racionalismo. Com o advento do Renascimento após longo período medieval, retomamos o ideal antrocêntrico humanista em que "o homem era a medida de todas as coisas". Aconteceram revoluções culturais, sócio-econômicas através da revolução industrial. Francis Bacon inaugurou o Método Científico. A ideia de progrsso - embora viesse causar tanta exploração dos recursos naturais quase à exautão - entrava no mundo para ficar e produzir mais conhecimentos. O Oriente, em especial a India, parace ter estagnado no tempo. Pelos menos é o que parece quando lemos reportagens sobre aquele exótico País. O sistema de castas é sobremaneira ridículo para os dias atuais. Opressor, vergonhoso, um atentado à dignidade humana. O Governo da India está tentando mudar esta realidade. A economia hoje está entre os emergentes e tende a crescer. Algumas leis foram criadas para inibir o preconceito imposto pelas castas ditas "superiores" e os dalit's ou intocáveis. A ordem consuetudinária é muito forte. Está arraigada na cultura e imbricada na alma de milhões de indianos pobres analfabetos e sem teto para repousar. É, de fato, isto nos assombra. Não que aqui deste lado do globo nós não tenhamos injustiças sociais, crianças desnutridas, violência, pessoas sem opurtunidades de ter uma vida digna. Mas a miséria institucionalizada como acontece naquele País é algo estarrecedor. Ontem (01/03/09), assisti a uma reportagem especial no SBT sobre a India e seus costumes religiosos de causar espanto. Milhões de pessoas acotovelavam-se para fazer oferendas ao deus Ganesh - uma das milhares de divindades que fazem parte do panteão hinduista. Era horripilante aqueles milhares de representações do deus elefante sendo lançadas ao mar, uma agressão ao meio ambiente. Mas, como eu dizia no inicio, são coisas que nós não conseguimos compreender. São aburdos inaceitáveis para nós. A influência da religião se faz notar em todas as nuances da vida dos indianos. O velho Karl Marx tem razão quando diz que "a religião é o ópio do povo". Aquelas imagens do SBT não o deixam mentir. Voltaremos ao assunto de opressão religiosa em breve.